Os olhos dele abriram Pelo By Simple Silence

Capítulo 74



Capítulo 74

Capítulo 74 Segurando as lágrimas, Avery virou-se com raiva e saiu da delegacia. Ela não assinou o documento de liberação, nem pegou o telefone de Elliot. Elliot assinou os papéis e saiu da estação. Na volta de carro para casa, ele passou o telefone dela para ela e disse em voz baixa: “Eu não passei por isso”. Avery pegou seu telefone e sua respiração estava pesada quando ela disse: “Mas você já sabe o que está dentro”. “São importantes? Essas fotos…” Avery cerrou os dentes e se advertiu para não perder a paciência com Elliot. Afinal, foi ele quem ajudou a recuperar o telefone dela. Sua mão apertou em torno de seu telefone enquanto ela perguntava: — Se eu lhe dissesse que o bebê que você me forçou a abortar não era de Cole, mas seu… Você se sentiria culpado? Elliot virou a cabeça e olhou para ela. A expressão de Avery era séria, e não parecia que ela estava brincando. Ele engoliu em seco e respondeu com uma voz rouca: “Dos tratamentos de fertilização in vitro?” “Sim”, respondeu Avery. Ela encontrou seu olhar e disse: “Você matou seu próprio filho com suas próprias mãos. Você sente alguma culpa?” Ela esperava ver até mesmo o menor indício de remorso em seu rosto para se sentir melhor. Ela rezou para que ele fosse um homem de carne e osso e não uma máquina de fazer dinheiro a sangue frio.

A expressão no rosto de Elliot a intrigou. Ele sabia que estaria partindo o coração dela, mas mesmo assim respondeu com indiferença: “Eu não. Nunca foi feito para nascer em primeiro lugar.” Avery riu friamente e perguntou: “Você ficaria tão calmo se seus próprios pais dissessem isso sobre você?” “Eu agradeceria a eles se eles nunca me dessem à luz”, ele respondeu. “Nem todo mundo deseja nascer neste mundo, Avery.” Avery ergueu as sobrancelhas. Ele não queria nascer? All rights © NôvelDrama.Org.

Por quê? A mãe de Elliot o amava incondicionalmente, ele tinha uma carreira de sucesso, e havia muitas pessoas ao seu redor que o tratavam como se ele fosse o centro de seu universo… Por que ele era tão pessimista? O que exatamente ele teve que passar? “Você está deprimido?” Avery perguntou como ela não podia deixar de analisar suas palavras de uma perspectiva médica. “Existem tratamentos para a depressão. Se você está doente, você deve procurar um médico o mais rápido possível.” A expressão no rosto de Elliot relaxou um pouco. “Se estar doente pode fazer você pensar em mim, então vá em frente e me trate como uma pessoa doente!” Era quase meia-noite quando chegaram à mansão. Uma vez que Avery estava em seu quarto, ela estava tão cansada que não tinha energia para pensar em nada. Ela foi para a cama e adormeceu logo depois. Naquela noite, ela teve um sonho. Ela sonhou com a razão por trás do pessimismo de Elliot. Em seu sonho, ela viu um jovem Elliot e seu pai. Seu pai era um homem incrivelmente rigoroso que não tinha paciência para seu filho brincalhão. O jovem Elliot teve que suportar a ira do cinto implacável de seu pai até sangrar… Seus gritos uivantes eram de partir o coração. As imagens sangrentas em seu pesadelo a fizeram acordar horrorizada. Do lado de fora da janela, o amanhecer havia raiado e o céu estava ficando mais claro. Avery se levantou em seus braços e começou a murmurar para si mesma, tentando se sentir melhor: “Não há como o pai dele bater nele assim. Mesmo que o fizesse, sua mãe o impediria… Os sonhos são quase sempre o oposto da realidade. Não tem como ele ter sido abusado.” No entanto, ela estava estranhamente certa de que Elliot deve ter passado por algo sombrio para odiar

o mundo tanto quanto ele. Ele não apenas odiava o mundo, mas também não queria trazer a próxima geração para ele. Ninguém nasceu para ser mau. Seu ódio por ele de repente diminuiu ligeiramente. Ele não tinha culpa, nem ela. O destino era o único culpado por emaranhar suas vidas.


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